Vc já plantou a sua árvore?

Dizem que na vida cada pessoa deve fazer pelo menos três coisas: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Acho que é para eternizar a passagem aqui na Terra. Bem, de qualquer forma, uma árvore eu já plantei. Trata-se de um Pau-Brasil, que ganhei na escola, em uma ocasião festiva (devia ser algo relacionado ao descobrimento do Brasil, né?). Era uma pequena mudinha que acolhi e plantei no terreno de onde moro, e que vejo todos os dias. Era uma plantinha mirrada e agora está um arbusto. Não é uma grande árvore, mas para um Pau-Brasil está indo bem. Sabe q me comparo a esta planta? Ela tem o tronco dicotomizado e eu costumo associá-lo aos meus lados racional e emocional. Também ainda não estou na minha fase 'árvore', mas cresço e ganho mais lugar no mundo a cada dia.

Quanto a escrever um livro, bem, será que escrever um blog serve? Espero que sim. E se servir, já completei mais essa missão aqui na Terra...hahaha...

Mas essa terceira condição, um filho, é mais complicada. Na minha opinião, ter um filho deve ser uma experiência maravilhosa e única, porém bem mais complexa. Não estou dizendo que não tenho instinto maternal, mas confesso que do jeito que sou, pensarei muito antes de colocar alguém no mundo (sei q acidentes de percursos acontecem, mas as chances são um pouco menores quando envolvem pessoas mais racionais). Já pensou? Ter um pedacinho seu e de alguém, no início totalmente dependente e depois com vontade própria e solto no mundo?! E ainda mais nesse mundo louco e caótico que vivemos?! Isso vale também para aqueles que adotam crianças, porque para ser pai e mãe, não precisa ter exatamente o mesmo sangue, não é mesmo? Conheço pais não-biológicos muito melhores do que os pais biológicos seriam. E acho essa capacidade de amar do ser humano algo extraordinariamente lindo! Pois é, vou guardar a minha capacidade de amar um filho para o momento que julgar mais apropriado, preferencialmente com tudo certinho, como uma boa virginiana gosta, porque eu quero arcar com as minhas conseqüências. Não gostaria de ser uma mãe ausente, relapsa e negligente. Acho que a melhor forma de eternizar a minha passagem aqui na Terra será plantando as sementes do bem; se germinarão e darão árvores frondosas eu não sei, mas terei plantado as sementes e cuidado das mesmas com todo o meu amor e dedicação.